segunda-feira, 26 de março de 2012

Perdidos

Estava perdida, no sentindo literal da palavra, não sabia se ia para a direita ou esquerda, se ao menos tivesse alguém que pudesse lhe informar o caminho certo. Afinal, estava perdida.

De repente um senhor percebe sua aflição e lhe pergunta “a senhorita está procurando algo?”, ela rapidamente o respondeu “sim, estou querendo saber onde fica a alameda 05”; e olhando para os lados ouviu o velhinho apenas dizer “menina, você já está na alameda 05, o que te faz achar que ainda estar perdida?”, espantada com o fato de já estar no lugar que deveria e com a pergunta do velhinho, ela para de olhar para os lados e olha nos olhos do senhor e diz “tinha a sensação de que me encontrava perdida, talvez pela falta de sinalização por aqui , ou quem sabe até mesmo pelas referências que me deram e que não bate com nada por aqui, quem sabe senhor, talvez eu até estava precisando mesmo era que alguém me ajudasse me encontrar”. Disse ela pensativa, logo em seguida agradeceu ao pequeno senhor, que andava com sua bengala na mão esquerda e parecia ser manco do mesmo lado em que segurava a bengala, achou aquilo estranho, não era normal, mas quem sabe se para ele não era melhor?

Procuramos sempre algo que está na nossa frente, procuramos tão além que não percebemos quando já chegamos no lugar. Perdidos estamos, perdidos sempre seremos, ninguém nunca vai lidar a sinalização completa, muito menos as melhores referências, se achar é a essência da vida, seja na alameda 05 onde já se encontra ou na alameda 08 que ainda vai aparecer. Não cabe as placas dizerem que você chegou, afinal o que pode parecer normal pode não ser o melhor.

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